Um pouco de Historia

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Introdução


Em 19 de agosto de 1969 foi criada a Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica, companhia de capital misto e controle estatal. Com o apoio do Governo Brasileiro, a Empresa iria transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial. Além de iniciar a produção do Bandeirante, a Embraer foi contratada pelo Governo Brasileiro para fabricar o jato de treinamento avançado e ataque ao solo EMB 326 Xavante, sob licença da empresa italiana Aermacchi. Outros desenvolvimentos que marcaram o início das atividades da Embraer foram o planador de alto desempenho EMB 400 Urupema e a aeronave Agrícola EMB 200 Ipanema.
 
Ao final da década de 1970, o desenvolvimento de novos produtos – como o EMB 312 Tucano e o EMB 120 Brasilia, seguidos pelo programa AMX, em cooperação com as empresas Aeritalia (hoje Alenia) e Aermacchi – permitiu que a Empresa alçasse a um novo patamar tecnológico e industrial.
A entrada em operação da nova família de jatos comerciais EMBRAER 170/190 a partir de 2004, a confirmação da presença definitiva da Embraer no mercado de aviação Executiva com o lançamento de novos produtos, assim como a expansão de suas operações no mercado de serviços aeronáuticos, estabeleceram bases sólidas para o desenvolvimento futuro da Empresa. Com uma base global de clientes e importantes parceiros de renome internacional, há mais de 40 anos a Embraer contribui para integrar o mundo pela aviação, diminuindo distâncias entre povos e oferecendo o que existe de mais moderno em tecnologia, versatilidade e conforto em aeronaves.


1º parte da historia

Em 20 de janeiro de 1941, foi criado pelo Decreto Lei n.º 2961 o Ministério da Aeronáutica com o objetivo de desenvolver, ampliar e coordenar as atividades técnica e econômica da aviação nacional, visando o progresso e a segurança nacional. Com a II Guerra Mundial, o Ministério da Aeronáutica sentiu a necessidade de montar uma sólida base técnica no país e formar seus próprios engenheiros especializados, além de incentivar a indústria aeronáutica.

Em 29 de janeiro, por intermédio da Portaria nº 36, foi criada a
Comissão de Organização do Centro Técnico de Aeronáutica (COC-TA), subordinada ao Ministério da Aeronáutica, sendo considerada oficialmente criada apenas em 25 de março de 1949, por intermédio do Decreto nº 26.508. 


A partir de estudos realizados por esta comissão, optou-se escolher São José dos Campos no estado de São Paulo pelas suas características topográficas e climatológicas, como local para as
instalações da sede do centro tecnológico nos moldes definidos pelo Brig. Casemiro Montenegro.

Em 16 de janeiro o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) é
criado pelo Decreto Lei n.º 27.695, definido pela Lei n.º 2.165 de 05 de janeiro de 1954, com sede nas instalações do CTA - Centro Técnico de Aeronáutica, hoje Centro Técnico Aeroespacial. Além da criação do Curso de Engenharia Aeronáutica, foram implantados no ITA os Cursos de Eletrônica em 1951, de Mecânica em 1962, de Infra-Estrutura Aeronáutica em 1975 e de Computação em 1989. Em 1975, o Curso de Engenharia Mecânica foi transformado em Curso de Engenharia Mecânica-Aeronáutica. O ITA também foi pioneiro no Brasil no oferecimento de cursos de pós-graduação stricto sensu em Engenharia, em nível de Mestrado e Doutorado, a
partir de 1961.

com a criação do CTA o curso de engenharia aeronáutica que existia na Escola Técnica do Exército, localizada no Rio de Janeiro, foi transferido para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) do Centro Técnico de Aeronáutica. A primeira turma do ITA iniciou os estudos no Rio de Janeiro em 1947, mas graduouse em São José dos Campos em 1950.

Organização do CTA

 

Apartir de 1º de janeiro o CTA é considerado organizado conforme definido pelo Decreto 34.701 de 26 de novembro de 1953 com sede em São José dos Campos. Tendo iniciando sua construção a partir do projeto concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
O Centro Técnico de Aeronáutica seria o órgão científico e técnico do Ministério da Aeronáutica com o objetivo de exercer suas atividades em favor da Força Aérea Brasileira, da Aviação Civil e da futura Indústria Aeronáutica, segundo os programas e planos do Ministério da Aeronáutica. Além de conduzir pesquisas e/ou projetos de natureza científica ou tecnológica (teórica ou experimental), a fim de atingir avançados conhecimentos tecnológi
cos.

Em 12 de outubro, o Sr. José Carlos de Barros Neiva fundou a Sociedade Construtora Aeronáutica Neiva, que foi inicialmente instalada no Aeroporto de Manguinhos no Rio de Janeiro. Ela foi criada para projetar e produzir os planadores BN-1 e Neiva B Monitor. Em 1956, foi transferida para Botucatu, passando então a produzir os aviões Paulistinha (fabricado até 1967), Regente U-42, Regente Elo L-42 e Universal T-25. Em 1960, a Neiva abriu um escritório de engenharia em São José dos Campos, São Paulo, cidade onde está sediado o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), com o objetivo de dar maior incremento ao setor de pesquisas e desenvolvimento de novos tipos de aeronaves. Neste escritório, foi projetado o monomotor metálico de treinamento Universal. Na década de 70, em parceria com a Embraer, a Neiva iniciou a montagem sob licença de alguns aviões da linha Piper.

O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD) foi o segundo instituto a ser criado dentro do CTA. O IPD nasceu em 1954 para ser o instrumento de execução de pesquisas e desenvolvimento no campo da aeronáutica. 
O IPD tinha sob sua direção um Departamento de Aeronaves (PAR), um de Eletrônica (PEA), um de Materiais Criação do IPD (PMR) e um de Motores (PMO). Dentro desse contexto, dois dos principais objetivos do IPD eram: “ensaiar e homologar novos tipos de aeronaves produzidas no país bem como aeronaves modificadas ou alteradas e fornecer os certificados de tais homologações” e “ensaiar e homologar equipamentos, componentes e materiais de interesse dos órgãos da aeronáutica, por solicitação de outros órgãos do governo ou da indústria”.

Estudo para avião brasileiro de médio porte

O Ministério da Aeronáutica encomenda em 1964 um estudo ao Centro Técnico de Aeronáutica sobre a viabilidade de ser criada no Brasil uma linha de produção para aeronaves de passageiros de médio porte. Considerou-se fabricar no país aeronaves de origem estrangeira. Porém decidiu-se por um projeto nacional que melhor atendesse as condições brasileiras.Em 12 de junho, o ministro da Aeronáutica Brig. Eduardo Gomes assina o documento básico de aprovação do projeto do bimotor Bandeirante, sob n.º IPD-6504. Sob novas diretrizes, inicia-se o desenvolvimento e construção do projeto.


Para construção do primeiro protótipo do IPD 6504, foram gastos três anos e quatro meses e 110 mil horas de projeto. Trabalharam cerca de 300 pessoas na realização do projeto. O cel. Ozires Silva que liderou a equipe de construção do protótipo chamou o francês Max Holste para se juntar à equipe, tendo parte fundamental no desenvolvimento do projeto.
 

Além da equipe IPD/PAR, participaram do projeto outras organizações do Ministério da Aeronáutica, como o Parque de Aeronáutica dos Afonsos, o Núcleo do Parque da Lagoa Santa, o grupo de Suprimento e Manutenção, assim como várias empresas do setor privado, ligadas ao ramo aeronáutico, entre elas Aerotec e Avitec. 



Em 26 de outubro, o primeiro protótipo do Bandeirante, pintado nas coresda Força Aérea Brasileira (FAB), foi apresentado às autoridades e realizou seu primeiro vôo de demonstração, embora o primeiro vôo tenha ocorrido em 22 de Outubro de 1968.  

Nascimento da EMBRAER ...








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